sexta-feira, 12 de setembro de 2008


O Computador como Tecnologia Educacional

Um olhar histórico sobre o tema, traz o aluno com melhor facilidade para a tecnologia do que o professor, manipulando a maquina sem medo e sem restrições. A introdução da informática nas escolas Brasileiras tem sido utilizada tanto em uma perspectiva instrucional quanto em uma perspectiva construcionista.

Na perspectiva Instrucional, o computador é o objeto de estudo e seus mecanismos passam a ser o objeto do trabalho de informática. Já a perspectiva construcionista, o computador é utilizado como recurso, a utilização da informática é embasada na teoria piagetiana de construção do conhecimento.

Os autores Silva(1996), Chaves(1987) referem-se ao computador como uma ferramenta valiosa para a nova geração cultural, pois a difusão da informação é primordial entre os indivíduos e entre os grupos sociais. Onde orientado no computador a situação ensino/aprendizagem contribui positivamente para a aceleração do desenvolvimento cognitivo e intelectual, em especial no que diz respeito ao raciocínio lógico e formal, à capacidade de pensar com rigor e de modo sistemático.

Já Almouloud(1997) ressalta que a utilização do computador pode:, individualizar o estudo de comportamento dos sujeitos, tornar os alunos autônomos na gestão de sua aprendizagem, tratar no tempo real uma parte da avaliação, integrar numerosas informações multidimensionais e diminuir o efeito emocional da avaliação.

Setzer(1984)partilha da mesma opinião e vai além, diz que ao utilizar o computador, a criança é obrigada a exercer um tipo de pensamento que deveria empregar somente na idade adulta. Ele acredita que essa exposição precoce torne as crianças e adolescentes portadores de um “pensamento maquinal” e teme que com isso as relações humanas tornem-se superficiais.

No Brasil, o uso do computador na educação teve início com algumas experiências em universidades no principio da década de 1970. Já nas escolas, a implantação de projetos de informática na educação teve uma ascendência nos anos 1990. Em contrapartida, as escolas públicas estão se informatizando devagar. Assim, verificamos que a atual formula de colocar computadores nas escolas não tem conseguido integrar, de modo satisfatório, a informática às práticas de ensino nem tem obtido avanços em termos de novas metodologias.

Na maioria das vezes, o que se trabalha no laboratório não tem nenhuma relação com os conteúdos trabalhados em sala de aula e não há inovação nas metodologias, ou seja, utilizam-se os computadores para que o aluno repita atividades já realizadas em sala de aula.

O autor acredita que temos que usar o computador não somente nos laboratórios, mas incorporá-lo no dia-a-dia da sala de aula. Introduzir a informática na escola significa disponibilizar computadores para professores e alunos, pois estes precisam ter acesso aos equipamentos durante o período da aula, para que se possa criar uma tradição de utilização dessa tecnologia por professores e alunos.


REFÊRENCIA BIBLIOGRÁFICA

SILVA, P.V.B. da. A construção do conhecimento por adolescentes marginalizados em interação com linguagem Logo. Curitiba, 1996. Dissertação (Mestrado em Educação) - UFPR

CHAVES, E.O.C. Informática na Educação: uma reavaliação. Cadernos CEVEC, São Paulo, n.3, p.26-31, 1987.

ALMOULOUD, S.A. Informatica e Educação Matemática. In: CEMA - Cadernos de Educação Matemática. São Paulo: PUC-SP, 1997.

SETZER, V. W. Manifesto contra o uso de computadores no ensino de 1º grau. São Paulo: Ed. Antropesófica, 1984, p.17.

BRITO, Galucia da Silva; PURIFICAÇÃO, Ivonélia da. Informática na Educação. Curitiba: Facinter, 2005.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

REFLITA:

Em que momentos na sua ação Pedagógica você acha possível utilizar o computador?